Divertido como muitos dos filmes meia boca da Marvel Studios não conseguem ser, dinâmico, cenografia única, um elenco recheado de estrelas de alto calibre e uma trilha sonora que vem perfeitamente a calhar com a vibe do filme, assim é Thor: Ragnarok (2017), um dos melhores, senão o melhor filme da Marvel Studios - tá, conhecendo a notória mediocridade da referida produtora, ser o melhor até que pode não ser la grande coisa, masss, o filme é bastante divertido, não vai ganhar a palma de ouro em cannes, mas cumpri o seu papel de cinema pipoca.
Basicamente uma comédia, como os diálogos do inicio ao fim não deixam negar.
O Grandmaster de Jeff Goldblum é sem dúvidas um dos vilões mais interessantes da Marvel Studios - lado a lado com o Loki, que claro, dá as caras neste filme.
Nenhum personagem é apagado e todos são essenciais a seu modo, mesmo a ponta de Dr. Estranho ou o acidentalmente hilário Korg perfeitamente dublado por Taika Waititi (De "O que fazemos nas sombras") fazendo a tarefa de não sorrir ser praticamente impossível toda vez que ele abre a boca para falar. Taika, alias, também é diretor deste filme.
Destaque também para a trilha sonora, possivelmente o melhor uso de trilha sonora em um filme da Marvel - sim, melhor que em Guardiões da Galáxia vol.1 -, a qual encaixa perfeitamente na narrativa.
A cenografia traz personalidade ao filme - principalmente as cenas ambientadas nos domínios do Grandmaster - personalidade está tão carente em muitos filmes da Marvel graças a padronizada cinematografia pouco criativa.
Em meio a tantos filmes medíocres com AntMan e Dr. Strange, Thor Ragnarok é uma agradabilíssima surpresa da produtora. Alô Edgar Wright, não adianta reclamar de pressão do Estúdio, é assim que se faz um filme da Marvel com muita personalidade.
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