Já está praticamente estabelecido pela ciência neste momento que a galeria de vilões do Batman é a maior dentre os quadrinhos - há até algumas controvérsias, alguns negacionistas instem em dizer que o título na verdade pertence a galeria do Homem-Aranha, mas enfim, o que ninguém nega é que a do Batman é de longe uma das melhores.
Vilões com personalidades e características gerais complexas, desenvolvidos por diversos roteiristas ao longo de décadas dos quadrinhos, chegando muitas vezes inclusive a ofuscar o cavaleiro das trevas como o personagem mais interessante de sua própria revista.
Mas e quando tais personagens são adaptados a outras mídias? Será que a versão entregue está a altura daquela dos quadrinhos?
No âmbito dos games temos a franquia de jogos que sem dúvida faz um bom trabalho com as caracterizações dos personagens e seleciona muito bem os seus intérpretes de voz, confira a seguir alguns exemplos:
Já no âmbito dos desenhos, tivemos algumas adaptações muito boas, o destaque claro vai para Batman: The Animated Series, icônica série animada dos anos 90 que inclusive foi responsável pela introdução da personagem Arlequina, que somente posteriormente fez a transição para as páginas dos quadrinhos.
Então, qual o problema afinal?
O problema está quando nos deparamos com as versões apresentadas em algumas versões live action de televisão e cinema.
Não vou entrar no mérito de avaliar as versões que ganhamos na série de Batman dos anos 60, seria anacrônico criticar tais versões pelo aquilo que buscavam ser e conseguiram, dentro do contexto daquela produção.
Evidentemente que temos interpretações verdadeiramente louváveis, especialmente na franquia de Christopher Nolan, com destaque especial para o Coringa de Heath Ledger, que fez uma atuação formidável sem precisar desrespeitar seus colegas entregando ratos de presente, mas temos também o Duas Caras de Aaron Eckhart e o Bane de Tom Hardy.
É na franquia de Joel Shumaker que encontramos as versões desastrosas de Bane, Charada, Duas Caras, Hera Venenosa e Mr. Freezer. Um total de cinco vilões icônicos retratados como mini coringas irritantes.
Mas é na série de TV Gotham que encontramos as versões mais sofriveis destes personagens.
Por alguma razão, os interpretes destes personagens nesta série escolhem interpretar absolutamente todos estes personagens ricos e únicos como se fossem versões baratas de um personagem tido como mais icônico: o Coringa/ Joker.
Trata-se do que eu chamo de síndrome de Coringa, atores medíocres perdem boas oportunidades de se destacar na pela de ótimos personagens mas preferem errar o papel e fazer uma péssima interpretação do Joker.
Simplesmente lamentável.
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