Confesso que apesar de ser uma grande fã dos quadrinhos protagonizados pelo amigão da vizinhança, estou um tanto quanto por fora da fase "Superior Spiderman" - traduzido e comercializado no Brasil como "Homem-aranha Superior", uma saga na qual o Dr.Otto Octavius consegue 'trocar de corpos' com Peter Parker, assumindo a identidade deste [e consequentemente de seu super alter ego] Você já deve ter visto um argumento assim em filmes como "Sexta-Feira Muito Louca", "Se eu fosse você" [juro que nunca vi esse], "Vice Versa", "Coisas de Meninos e Meninas" etc. [a lista é bem longa]. Ta, parece uma premissa meio boba, mas até que rende boas histórias... Basicamente, a noticia de que Peter Parker morreria é algo de proporções como, digamos... a morte de Super-Homem! O fato começou após o lançamento da revista "The amazing spiderman #700" nos EUA, a ultima revista amazing, que deu lugar a nova publicação, ou seja, cerveja a "superior spiderman". A noticia de que a número 700 seria a ultima revista teve um impacto tão grande no mundo nerd - afinal a Marvel publicou a revista por mais de 50 anos! - que a revista esgotou rapidamente, sendo hoje em dia encontrada a preços que vão bem além de seu valor de capa que era $7.99 (na amazon o preço da revista mais barato atualmente é de 18,99 dólares), estima-se que foram vendidos mais de 200 mil exemplares da revista, só pra comparar, a edição anterior, de número 699, teve cerca de 74 mil exemplares vendidos, além disso "The amazing spiderman #700" ocupa atualmente a 47ª posição no ranking de quadrinhos mais vendidos nos EUA durante o século XXI.
Enfim, o Review de "A teia do Homem-Aranha Superior nº 5"
Mas eis que resolvi me atualizar um pouco e adquiri a revista "A teia do Homem-aranha Superior", datada de Dezembro de 2014. A revista possui 148 páginas e custa R$15,90, sem dúvida quando vemos preços assim nas bancas podemos notar que quadrinhos de super-heróis não são mais coisa de criança - e não me refiro a violência. Há um custo beneficio melhor em "A teia do Homem Aranha Superior" de Dezembro do que o valor da publicação principal do cabeça de teia naquele mês? Façamos uma conta rápida para responder: o Homem-aranha Superior de Dezembro custou 6,50 e continha 68 págs, ou seja, pouco mais de 9 centavos por pág, já "A teia do Homem Aranha" custou pouco mais de 10 centavos por pág., desse modo, a publicação principal do Aranha parece mais econômica para o consumidor.
Mas chega de preço e vamos a qualidade do conteúdo, são boas histórias? Bom, a primeira coisa que você precisa saber antes de comprar a revista é que o Homem-aranha Superior aparece apenas em uma história [bem fraquinha por sinal] de 31 páginas, originalmente publicada na revista anual do Superior spiderman. Todo o restante da revista é dedicado a contar as histórias de um novo sexteto sinistro liderado pelo bumerangue - originalmente publicadas na revista "Superior Foes of spiderman". Na verdade, um aspecto curioso dessa equipe de vilões é que apesar de se intitularem sexteto sinistro são compostos por apenas cinco membros - os mesmo que aparecem na primeira edição de Homem-Aranha superior, lançada no Brasil em Dezembro de 2013. Esse fato, traz certo aspecto de humor involuntário a equipe, alias as histórias desse sexteto sinistro possuem conotação humorística sempre presente, a narrativa parece não levar a si mesma muito a sério.
As histórias são escritas por Nick Spencer, e devo dizer que são de alta qualidade. Deve ser fácil escrever histórias boas de personagens ótimos como a maioria dos heróis e vilões da Marvel o são, de modo proporcional deve ser difícil escrever uma história envolvente usando um narrador / protagonista aparentemente pobre em conteúdo como o Bumerangue, mas Spencer consegue tal proeza.
A narrativa empolgante da uma freada em certo ponto, quando temos uma história em flashback, originalmente publicada na revista #7 de "Superior Foes", trata-se uma história de origem da vilã Beetle, para que os leitores aprendam mais sobre essa nova personagem. Não é uma história ruim, mas da uma pausa na dinâmica do que estava ocorrendo na narrativa.
Outro aspecto que faz a leitura de "Superior Foes Spider-Man" funcionar bem é que os leitores não veem os personagens como meros vilões unidimensionais, o autor se preocupou em trazer certas motivações e profundidade aos personagens.
Com a linha de quadrinhos da Marvel se tornando cada vez mais interligada, "Superior Foes" é uma grande parada para os leitores que procuram diversão, envolvendo histórias que são auto-suficientes
Mas eis que resolvi me atualizar um pouco e adquiri a revista "A teia do Homem-aranha Superior", datada de Dezembro de 2014. A revista possui 148 páginas e custa R$15,90, sem dúvida quando vemos preços assim nas bancas podemos notar que quadrinhos de super-heróis não são mais coisa de criança - e não me refiro a violência. Há um custo beneficio melhor em "A teia do Homem Aranha Superior" de Dezembro do que o valor da publicação principal do cabeça de teia naquele mês? Façamos uma conta rápida para responder: o Homem-aranha Superior de Dezembro custou 6,50 e continha 68 págs, ou seja, pouco mais de 9 centavos por pág, já "A teia do Homem Aranha" custou pouco mais de 10 centavos por pág., desse modo, a publicação principal do Aranha parece mais econômica para o consumidor.
Mas chega de preço e vamos a qualidade do conteúdo, são boas histórias? Bom, a primeira coisa que você precisa saber antes de comprar a revista é que o Homem-aranha Superior aparece apenas em uma história [bem fraquinha por sinal] de 31 páginas, originalmente publicada na revista anual do Superior spiderman. Todo o restante da revista é dedicado a contar as histórias de um novo sexteto sinistro liderado pelo bumerangue - originalmente publicadas na revista "Superior Foes of spiderman". Na verdade, um aspecto curioso dessa equipe de vilões é que apesar de se intitularem sexteto sinistro são compostos por apenas cinco membros - os mesmo que aparecem na primeira edição de Homem-Aranha superior, lançada no Brasil em Dezembro de 2013. Esse fato, traz certo aspecto de humor involuntário a equipe, alias as histórias desse sexteto sinistro possuem conotação humorística sempre presente, a narrativa parece não levar a si mesma muito a sério.
As histórias são escritas por Nick Spencer, e devo dizer que são de alta qualidade. Deve ser fácil escrever histórias boas de personagens ótimos como a maioria dos heróis e vilões da Marvel o são, de modo proporcional deve ser difícil escrever uma história envolvente usando um narrador / protagonista aparentemente pobre em conteúdo como o Bumerangue, mas Spencer consegue tal proeza.
A narrativa empolgante da uma freada em certo ponto, quando temos uma história em flashback, originalmente publicada na revista #7 de "Superior Foes", trata-se uma história de origem da vilã Beetle, para que os leitores aprendam mais sobre essa nova personagem. Não é uma história ruim, mas da uma pausa na dinâmica do que estava ocorrendo na narrativa.
Outro aspecto que faz a leitura de "Superior Foes Spider-Man" funcionar bem é que os leitores não veem os personagens como meros vilões unidimensionais, o autor se preocupou em trazer certas motivações e profundidade aos personagens.
Com a linha de quadrinhos da Marvel se tornando cada vez mais interligada, "Superior Foes" é uma grande parada para os leitores que procuram diversão, envolvendo histórias que são auto-suficientes
Preciso falar brevemente em uma coisa que me incomodou um pouco na capa da revista, foi usada uma variação da capa original de "Superior Foes of Spider-Man #5", desenhada por Carlo Barberi, até aí tudo bem, o problema é que o pessoal da revista brasileira resolveu escrever "No rastro dos inimigos superiores", bem, não sei você, mas essa opção de capa me fez entender erroneamente que teríamos em algum momento da revista um embate entre o Aranha e o Sexteto, coisa que não ocorreu...
No fim, eu recomendo esta revista por conter histórias de qualidade de "Superior foes...", já estou triste porque parece que terei que gastar mais 15,90 em quadrinhos para continuar acompanhando o sexteto... no entanto, mais uma vez ressalto que o Homem-aranha só aparece em uma história, que nem é boa.
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